quarta-feira, 30 de julho de 2014

[Renda & Saltos Altos] "Vejo-te", de Irene Cao [Suma de Letras]



Título: Vejo-te [ # 1 Trilogia dos Sentidos]

Autora: Irene Cao

Tradutora: Fátima Alice Rocha

Editora: Suma de Letras [Grupo Objectiva]

Edição: Janeiro de 2014

Páginas: 304

Género: erótico

Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:

Vejo-te, de Irene Cao, é o primeiro volume de uma trilogia erótica apelidada de "Trilogia dos Sentidos", nome este que, e ainda que por ora, só a avaliar pelo primeiro livro, se revela bastante adequado.

Como protagonista da narrativa encontramos Elena Volpe, uma jovem Veneziana, formada em restauro e conservação de obras de arte, que iremos conhecer quando a mesma se encontra a realizar trabalhos de restauro de um fresco antigo, num belo palácio de Veneza, pertença do Conde Jacopo Brandolini. Elena mostra ser uma jovem moderna, tem uma vida social relativamente preenchida, quanto mais não seja, porque é arrastada para festas pela sua melhor amiga, a exuberante e sedutora Gaia.

Vivendo uma existência banal,digamos assim, Elena revela ser viciada no trabalho, e algo contida até mesmo um pouco tímida, e pouco habituada a estar no centro das atenções. Muitas vezes, apesar de ser bonita, quase passaria despercebida numa multidão.

A dado momento, surge um inquilino no Palácio de Brandolini - o Chef  Siciliano Leonardo Ferrante - uma verdadeira estrela do universo da alta cozinha, dono de uma beleza latina evidente, sedutor, misterioso, e capaz de transformar uma sessão de culinária num verdadeiro espectáculo elevado à condição de arte.

No momento em que parece estar a definir-se o início de uma possível relação amorosa séria e estável com Fillipo - amigo de Elena desde a Faculdade, Leonardo vai entrar na vida da Jovem, e abalar toda a sua estrutura emocional e psicológica, sentindo ambos uma estranha e evidente atracção física que levará Elena a libertar-se de regras de conduta que tinha como certas em termos sexuais.

Num verdadeiro turbilhão de sentidos a despertar, e conduzida pelas mãos hábeis de Leonardo, Elena vai descobrir em si mesma toda uma nova panóplia de desejos ocultos, emoções e sensações arrebatadoras, que irão mesmo levar a jovem a sentir-se uma nova mulher, mais desperta e aberta para o mundo, mais confiante em si mesma. Mas neste jogo existem riscos, irá Elena resistir a apaixonar-se por Leonardo? Irá Leonardo render-se à obsessão que o prende a Elena e esconderá algo mais profundo do que a mera lei do desejo carnal?

Os dados estão lançados, neste primeiro livro da trilogia.

Leonardo é um protagonista masculino fascinante, envolvente, magnético e extremamente misterioso, nada revelando de si mesmo, e dos profundos laços que o prendem à sua terra natal, a Sicília. Há uma aura de suspense à volta da personagem que nos faz ansiar por desvendar segredos.

A Cidade de Veneza, em todo o seu esplendor histórico e a sua beleza algo decadente surge também aos olhos do leitor como uma personagem adicional desta história, que nos fala de paixão, desejo, sexo, libertação, transgressão , mistério, amor e amizade, e de uma assumida explosão de sentidos.

O livro contém descrições de cariz sexual bastante explícitas e intensas, mas mostra-se escrito numa linguagem bastante madura, correcta aos níveis sintáctico e gramatical, e de uma forma que não chocará os leitores adeptos de um romance erótico. Existem também diversas passagens da obra que nos fazem reflectir acerca da própria natureza e alma humanas na sua essência, e que contêm algo de filosófico.

Para aguçar a leitura, deixo uma das muitas citações que poderia ter escolhido:

" Não há nada de inato ou instintivo no prazer: é preciso chegar lá devagar, saber conquistá-lo." - Leonardo Ferrante - pp. 186.

Uma agradável surpresa, e uma trilogia a seguir a par e passo, e cuja leitura recomendamos neste verão.







segunda-feira, 28 de julho de 2014

[Renda & Saltos Altos] "Uma Casa no Campo", de Elizabeth Adler [Quinta Essência]



Autora: Elizabeth Adler

Edição: Julho de 2014

Editora: Quinta Essência [Grupo LeYa]

Páginas: 376

Género: Romance Feminino

Saiba mais informações sobre a obra AQUI


Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:


   Uma Casa no Campo, de Elizabeth Adler, é um romance ligeiro, que toca o universo marcadamente feminino, mas que não deixa de suscitar a nossa reflexão sobre as vivências familiares mais ou menos ortodoxas, e as mudanças súbitas a que podemos estar repentinamente sujeitos no nosso curso de  vida.
   
   A protagonista deste romance é Caroline Evans, Inglesa, 38 anos, recentemente divorciada de James Evans, um executivo do mercado financeiro que se revelou um marido infiel e pouco disponível para assegurar à ex-mulher e à filha de ambos um estilo de vida compatível com os elevados padrões económicos de que usufuriam enquanto viveram em Singapura.

  Caroline confronta-se com a necessidade de recomeçar a sua vida, em todos os sentidos, social, emocional, financeiro, pois na sequência do divórcio, e num momento em que ainda atravessa uma fase de luto pela relação falhada, vê-se de volta a Inglaterra, sem o apoio directo dos pais, que vivem em França, e tendo a seu cargo a sua filha Issi (Isabel), uma adolescente prestes a completar os 16 anos, cujo registo rebelde e revoltado promete em nada facilitar a vida à mãe.

   Issi atribui à mãe a culpa pelo divórcio dos pais, e pela mudança imprevista da exótica e familiar Singapura para Inglaterra, onde não se sente enraizada. A jovem tem uma imagem bastante idealizada do pai, o qual adora, embora se vá apercebendo de que este não é presente nem cuidador.

   Casualmente, mãe e filha acabam por se instalar numa Aldeia rústica no Sul de Inglaterra - Upper Amberley, onde são acolhidas por uma simpática família de origem Mexicana, constituída pelo casal Maggie e Jesus, e pela filha adolescente Sam. Caroline, com formação em culinária, fica a trabalhar no restaurante dos novos amigos, e rapidamente as duas jovens - Issi e  Sam - se tornam também as melhores amigas.

   Quando tudo parece ir melhorar, James (o ex-marido) desaparece em circunstâncias misterioras, em Singapura, e em breve Caroline e Issi vão ver-se envolvidas numa misteriosa teia de crime e mistério que irá, novamente, por à prova as suas capacidades de resiliência perante a adversidade.

   Neste novo romance, a autora, no estilo de linguagem fluído e envolvente que já lhe conhecemos, relata com ternura e precisão o relacionamento nem sempre fácil entre uma mãe e a sua filha adolescente, estando Issi em pleno processo de construção da sua identidade, num momento em que se sente entre dois mundos: por um lado, a crise familiar faz com que tenha de reequacionar toda a vivência no núcleo familiar que, até ai, conhecia; por outro lado, começa já a sentir, no seu íntimo, o despoletar de uma personalidade que caminha já em direcção à idade adulta que se aproxima. Bastante realista será a relação de proximidade, confiança e ternura que surgirá entre Issi e a sua avô materna Cassandra, a qual sentirá como um bom porto de abrigo, num momento bastante delicado da vida da jovem.

   Por sua vez, Caroline, após um casamento falhado, tendo a seu cargo a imensa responsabilidade de uma filha adolescente, a vivenciar uma fase problemática, começa a ser alvo do interesse de alguns pretendentes masculinos locais, mas vive um conflito interior ao nível psicológico, na medida em que teme falhar novamente, receando envolver-se com o atraente Jim Thompson, mais jovem do que ela, e temendo magoar Mark Santos (sócio do ex-marido) que assume uma paixão antiga para com Caroline, e que se revela um bom amigo.

   Para condimentar ainda mais a narrativa, a autora soube introduzir, de forma hábil, um toque de crime e mistério, que leva as protagonistas a viverem alguns momentos de alta tensão, enriquecendo bastante a trama, e sendo um ingrediente adicional para motivar a leitura.

   Profundamente sensível, humano, apaixonado e com um rasgo de mistério, uma história do nosso tempo, que alerta também para questões como o conflito de gerações, as dúvidas da transição da adolescência para a idade adulta, e ainda o experienciar da entrada na meia idade, como desafios importantes e próprios do processo de desenvolvimento humano. Questões estas sabiamente tecidas por entre os fios da narrativa.

   Um bom romance para levar consigo nestas férias de verão!

Classificação GooReads Atribuída: 4/5 estrelas


quarta-feira, 23 de julho de 2014

[Renda & Saltos Altos] "Dominada", de K. Bromberg [Topseller]



Autora: K. Bromberg


1ª Edição: Julho de 2014

Páginas: 352

Género: Ficção erótica/Romance contemporâneo

Saiba mais detalhes sobre a obra AQUI

Conheça a autora na respectiva página do Facebook AQUI


Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:


   Dominada é o primeiro romance de uma nova trilogia erótica contemporânea que chega ao mercado Português com chancela TOPSELLER, [Grupo 20/20].

   Neste primeiro livro da trilogia teremos oportunidade de conhecer os dois protagonistas, que travam conhecimento no decurso de um evento social de relevo, de forma algo conturbada e com um toque de algum humor...

   Ambas as personagens mostram uma boa densidade ao nível psicológico. Rylee Thomas, uma Psicóloga com formação específica em serviço social, é uma jovem trabalhadora, apaixonada pelo seu trabalho numa organização que apoia menores desfavorecidos, e que vive atormentada e em pleno processo de luto perante a perda da pessoa amada em circunstâncias trágicas, sentindo-se culpada por ter sobrevivido, e lutando para superar o trauma que a corrói.

   Por sua vez, Rylee irá cruzar-se com o sexy e misterioso Colton Donovan, um piloto de alta velocidade, adoptado por um casal famoso de Hollywood, que esconde uma infância perturbadora (antes da adopção). Colton surge perante o olhar do público como um verdadeiro bad boy, determinado, dono de uma personalidade bastante forte e habituado a ser o centro das atenções e a deter sempre o comando das situações, assumindo o papel principal na vida como nas corridas de automóveis ( o meu onde se move).

   Em Rylee há algo de menina certinha, nunca precisou de arriscar, até ao momento em que se cruza com Colton, que a leva a descobrir novos limites e que os limites se destinam, muitas vezes a ser testados e ultrapassados.

   Uma forte atracção física irá arrastar ambos para os braços um do outro, e a tensão sensual e sexual, assim como uma forte química é evidente entre este casal. A autora brinda os leitores com cenas de explicito teor sexual verdadeiramente escaldantes, revelando-se exímia a descrever uma verdadeira explosão sensorial.

  Mas à medida que ambos se deixam dominar pelos instintos, as emoções começam a fluir, e caberá a ambos fazer a respectiva gestão. E aqui surge para ambos o grande desafio, quem ganhará este verdadeiro duelo de egos?

- Estará Colton preparado para enfrentar o risco de assumir uma relação amorosa em pleno, sendo avesso ao compromisso por motivos ocultos mas que se prendem com segredos da sua infância?

- Estará Rylee pronta a aceitar da parte de Colton apenas a vivência de cada momento, sem uma relação afectiva completa e com base na reciprocidade e cedência mútuas?

  Será a resposta a estas duas questões que todos os leitores irão ansiar por desvendar, tendo por base as pistas lançadas neste primeiro livro da trilogia, e nos que se vão seguir.

  Mais um ponto positivo desta obra, é toda a contextualização que é dada ao romance entre os dois protagonistas, sem ser esquecida uma alusão à relevância dos afectos na construção do caminho de cada ser humano, sendo comovente o amor e dedicação que Rylee coloca no trabalho com as crianças que tem a seu cuidado, em especial com um menino cujas emoções estão ainda bloqueadas por um trauma. Curiosamente, o cuidado e preocupação para com estes jovens será, inadvertidamente, um dos pontos que Rylee e Colton terão em comum.

  Intenso, profundo, sensual e envolvente, assim podemos caracterizar em traços largos, este livro.






quinta-feira, 17 de julho de 2014

[Renda & Saltos Altos] "Proposta Indecente", de Patricia Cabot [Quinta Essência]



Autora: Patrícia Cabot


Edição: Julho de 2014

Páginas: 360

Género: Romance histórico sensual


Para saber mais detalhes sobre a obra e adquirir o livro online, clique AQUI


Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:


   Proposta Indecente, de Patricia Cabot, com chancela Quinta Essência, corresponde a um delicioso romance histórico, ou de época, cuja acção decorre no Século XIX entre Inglaterra e as Bahamas.

   Estamos perante um romance de cunho essencialmente feminino, onde não faltam personagens fortes, momento de humor, muita acção, e algum suspense até ao desejado final.

   A protagonista feminina - Payton Dixon - é uma jovem beleza rebelde e obstinada , inteligente e corajosa,  criada pelo pai e entre os irmãos, todos do sexo masculino, acabou por se tornar numa Maria Rapaz, mas acalenta uma paixão secreta pelo sóbrio e determinado Capitão Connor Drake, um intrépido navegador que trabalha para o pai de Payton - o armador Sir Henry Dixon.

   O objecto dos afectos de Payton - Connor Drake - está prestes a casar com a bonita e aparentemente frágil Miss Rebecca Whitby, e a jovem procura uma solução que impeça este casamento, receando perder o homem que ama.

   Entretanto, Georgiana, cunhada de Payton, esposa do seu irmão Ross, é agora a figura feminina de referência para a jovem, e procura ensinar-lhe as regras do bem estar social, no sentido de a apresentar à sociedade e encontrar-lhe um marido, mas Payton mostra a sua rebeldia em todas as ocasiões, sendo avessa à vida dos salões e sonhando ter a seu cargo um dos navios do pai, pois está familiarizada com a vida no mar, que adora.

   Drake, o protagonista masculino, revela-se um homem integro, determinado, e bem ciente de valores como a honra e honestidade, assumindo a contragosto, e por força das circunstâncias, um título nobiliárquico que, até ai, pertencia a seu irmão Richard, com o qual não mantinha uma relação muito próxima ou sequer cordial, e aceitando as responsabilidades inerentes à sua ascensão forçada na escala social.

   No decurso da narrativa, haverá lugar a mistérios, perigos e traições, sendo um detalhe bastante interessante e apelativo neste romance a descrição de ataques de piratas e de verdadeiras batalhas navais, numa época em que a pirataria gerava ambiente de verdadeiro terror junto das embarcações mercantis e respectivas tripulações.

  Além do risco de ataques piratas, os Dixon e a sua frota comercial defrontam-se também com a acesa rivalidade e oposição de Sir Marcus Tyler, um concorrente no negócio de transporte de mercadorias.

  O amor e a sensualidade marcarão também presença nesta história, num cenário bastante inusitado, que não revelamos às leitoras, para não incorrermos no risco de spoilers.

   Em suma, um romance divertido, atrevido e bem recheado de peripécias capazes de manter a nossa atenção presa às páginas deste livro, revelando-se uma das leituras ideais para este verão, preferencialmente, numa praia algures, onde possamos pousar os olhos no mar, enquanto saboreamos a história, e imaginar perante os nossos olhos aventuras marítimas com um toque de romantismo.

Recomendamos com nota máxima esta leitura!

Classificação atribuída no site GoodReads: 5/5 estrelas

Já conhece outra obra da autora? Leia AQUI a nossa crítica ao romance Um Pequeno Escândalo, da autora Patrica Cabot, cuja leitura também recomendamos.






domingo, 13 de julho de 2014

[Secção Criminal] "Quando o Ódio Matar", de Carina Bergfeldt [Planeta]



Autora: Carina Bergfeldt

Edição: Julho de 2014

Editora: Planeta

Páginas: 384

Preço: 18,85€

Género: Thriller Psicológico

Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o blog Os Livros Nossos:

Quando o Ódio Matar, é o surpreendente e brilhante romance de estreia da autora Sueca Carina Bergfeldt. Um thriller psicológico verdadeiramente arrebatador e de leitura compulsiva, que fará o leitor procurar cada pista que lhe permita chegar ao culpado do homicídio de uma dona de casa e mãe de família, na normalmente calma cidade de Skode.

Também constitui um apelo irresistível para o leitor procurar descobrir qual das três protagonistas femininas da história se encontra a planear detalhadamente, e sem nada deixar ao acaso, a morte do pai, um homem violento que deixou marcas indeléveis na sua auto-estima, nos seus padrões de relacionamento com terceiras pessoas,e em todo o se percurso de vida.

A investigação do violento homicídio de Elisabeth Hjort irá merecer a atenção de duas jornalistas de um jornal local - Ing-Marie Andersson e Julia Almliden , assim como da agente da polícia Anna Eiler.

Ao leque de personagens centrais soma-se ainda o chefe da polícia local - o temperamental e mal humorado Ulf Karlkvist, cujas atitudes menos educadas e ponderadas conferem algum colorido à dinâmica da narrativa.

A narrativa decorre em dois planos paralelos, logo,enquanto acompanhamos  o curso da investigação criminal de um homicídio, onde tomamos contacto com as ligações por vezes conflituosas entre as autoridades e os meios de comunicação social, e com os meios menos ortodoxos, mas tantas vezes mais eficazes utilizados pelos jornalistas de investigação, somos brindados com a determinação de uma mulher que procura cometer o crime perfeito na pessoa do seu pai.

O plano de homicídio vai sendo concebido a par e passo, sem esquecer qualquer detalhe, e não sem algumas notas de ironia no diálogo interno da personagem.

Em termos narrativos, parece-nos também interessante assinalar a presença de breves descrições do passado familiar da personagem que pretende assassinar o próprio pai, sob a forma de analepses, e que permitem melhor compreender os motivos subjacentes a esta decisão crítica.

Todo o romance tem subjacente uma pesada carga psicológica, aqui e ali atenuada com alguns momentos de ironia e até humor. Mas a caracterização psicológica mais profunda incide sobre a personagem que pretende matar o pai, e que acaba por nos suscitar uma reflexão sobre o modo como o ambiente envolvente e, em especial, as relações significativas em termos familiares moldam a conduta humana na vida adulta, numa perspectiva que, arriscamos mesmo a dizer, tem alguma inspiração de origem psicodinâmica em termos de modelo teórico psicológico subjacente (a referida linha teórica, em termos de psicologia, tem a sua origem nas teorizações de Sigmund Freud e seus seguidores).

Em suma, um livro cru, irónico, e uma narrativa tecida de forma elaborada e envolvente,  que nos impele a virar cada página de forma compulsiva.