segunda-feira, 3 de outubro de 2016

[Guest Blogger] #1 Porque também de nós reza a "estória" [Madalena Barreto Condado]


Damos início a uma nova rubrica no blogue, onde contaremos com guest bloggers.

A primeira convidada é a escritora Madalena Barreto Condado, que nos conta a sua experiência como repórter no lançamento do segundo livro da escritora Anita dos Santos.

O texto que aqui publicamos integra a rubrica semanal de crónicas que Madalena assegura no jornal digital Diário do Distrito



"Porque também de nós reza a "estória"


Não somos ninguém e somos toda a gente. Somos filhas, mães, avós. Somos quem somos. Nada nos liga e tudo nos atrai. Somos sonhadoras. Perdemos umas vezes e ganhamos outras tantas. Mas acima de tudo não deixamos de acreditar. Acreditamos que o amanhã será melhor do que o hoje, levamos os nossos sonhos sempre mais além, entramos numa corrida de obstáculos e sabemos que alcançámos a nossa meta quando olhamos à nossa volta e sentimos que o nosso trabalho importa não é somente mais um entre tantos. Afinal somos novas autoras, mas com tanto para contar. E no sábado passado esse foi o momento da Anita dos Santos.

Num encontro no magnífico Clube literário da Chiado Editora, onde com casa cheia foi apresentado o seu segundo livro. Na mesa ladeada pelas suas duas oradoras convidadas e a sua representante editorial a Anita irradiava a sua própria luz. Não pensem, contudo, que era um momento para mulheres. Não! Era um momento para leitores, para nós que continuamos a gostar de ter um livro nas mãos, de o folhear, de cheirar as suas páginas, de mergulhar nesses mundos fantásticos onde somos sempre de alguma forma surpreendidos.   

É um dia de sentimentos díspares sabemos que uns vão amar a nova criação pelo que comporta e outros vão odiá-la pela mesma razão. Mas para o seu criador é sempre mais um bocado de si que tão amavelmente oferece. Acabaram os meses de escrita onde em cada página fica tanto, uma lágrima, um sorriso, um nome, um momento, um local, uma saudade que nunca acaba. E já no final surge aquela capa pois não poderia ser outra.

Confesso que o que mais me marcou neste novo livro, foi o desenho do mapa feito pelo marido e por um dos filhos da autora. E não é que faz todo o sentido, afinal quando escrevemos fazemo-lo porque temos o apoio incondicional das pessoas mais importantes na nossa vida e elas correspondem-nos com a mesma intensidade. 

Não posso deixar de me congratular por saber que ficou no ar a promessa de que a estória não acaba por aqui afinal o André e o Vicente ainda têm tanto para nos contar.

E foi assim no passado sábado a apresentação da Anita com a sala cheia, com todos os pormenores bem delineados. Envelopes azuis escondidos nas costas de algumas cadeiras com frases que eram lidas pela assistência. Imagens de árvores espalhadas por toda a sala onde a curiosidade não deixa de ser que os Druidas do livro têm os seus nomes. Um pequeno teatro em que a autora contou com a colaboração de dois leitores presentes no público, a leitura de alguns excertos do livro e muito, muito mais.
Quando terminou foi difícil vir embora, mas fi-lo com a certeza de que esta estória tem continuação e gostava de me despedir utilizando as palavras da própria autora: 

“As palavras que lia não seriam muito diferentes daquilo que escrevo hoje, pelo menos na minha imaginação”

Desejo-te muito sucesso Anita dos Santos e se me permites vou mergulhar n’ “A Cidade das Brumas”.





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